domingo, 20 de abril de 2014

Para saber... Surdocegueira e Deficiência Múltipla




 No que se diferenciam a surdocegueira e a DMU?

Para McInnes (1999), a surdocegueira é uma deficiência única que requer uma abordagem específica. Ele também explica que muitos indivíduos com surdocegueira congênita ouque a adquiram precocemente têm deficiências associadas como: físicas e intelectuais. Estas quatro categorias podem ser agrupadas em Surdocegos Congênitos ou Surdocegos Adquiridos. E dependendo da idade em que a surdocegueira se estabeleceu pode-se classificá-la em Surdocegos Pré-lingüísticos ou Surdocegos Pós-lingüísticos. Enquanto a deficiência múltipla são aquelas pessoas que têm mais de uma deficiência associada.

 Quais são as necessidades básicas deles?

Podemos considerar o corpo como essencial para o ser humano. Portanto para as pessoas com surdocegueira e as que têm deficiência múltipla a organização do esquema corporal é importante e necessário para interação com o outro e o meio. Apresentar recursos que favoreçam a aquisição da linguagem verbal e não verbal são importantes para trabalhar com esses indivíduos.

 Quais estratégias que são utilizadas para aquisição de comunicação?

Conhecer o aluno é o primeiro passo, todo ser se comunica, agora existem tipos de comunicação. Os recursos visuais, com contrastes, com texturas, pranchas de comunicação, caixa de antecipação são alguns meios e estratégias para se comunicar com as pessoas com surdocegueira e/ou com deficiência múltipla.

Dica de filme: O milagre de Anne Sulivan. Assistir ao filme nos faz repensar e acreditar na inclusão.

BOSCO, Ismênia C. M. G.; MESQUITA, Sandra R. S. H.; MAIA, Shirley R. Coletânea UFC-MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar - Fascículo 05: Surdocegueira e Deficiência Múltipla (2010).

quarta-feira, 26 de março de 2014

Pessoa com Surdez



A educação para pessoas surdas tem uma trajetória histórica de estudos e conquistas. Traz uma trajetória de romper as concepções equivocadas de inclusão e a compreensão da inclusão pautada numa concepção bilíngue.
Há três concepções sobre as pessoas com surdez: oralismo, comunicação total e bilinguismo. O oralismo a pessoa usa a língua das pessoas ouvintes, ou seja, se comunica na modalidade oral; a comunicação total, não valorizou a língua de sinais e aceita a comunicação em sua variável, seja gestos, escritos e o bilinguismo visa capacitar a pessoa com surdez para o uso da língua de sinais e da língua da comunidade ouvinte.
O Atendimento Especializado para o aluno com surdez precisa partir do princípio que este aluno tem condições favoráveis à aprendizagem e que o atendimento irá complementar o trabalho desenvolvido na sala regular e no âmbito social. Muitos são os estigmas que revelam que esses alunos não avançam, no entanto, sabemos baseados em nossos estudos e práticas, que eles conseguem aprender e são capazes de viver socialmente e interagir com os demais. O AEE pode acontecer na sala de recurso multifuncional, é o espaço na escola regular que atende o aluno no horário contrário ao da sua escolaridade, o professor do AEE cria momentos de aprendizagem para os alunos públicos alvo para esta sala, incluindo assim os alunos com surdez.
As adaptações curriculares são necessárias para os avanços e desenvolvimentos das pessoas com surdez. Vários recursos podem ser utilizados como: jogos da memória em Libras, construção de palavras, alfabeto móvel, atividades no computador, entre outros. O professor do AEE tem como parceiros para este trabalho a família, o professor da sala regular, professor em Língua Portuguesa, o intérprete e outros profissionais que julgarem necessário..
As escolas ainda enfrentam dificuldades para trabalhar o AEE para o ensino em Libras, de Libras e da Língua Portuguesa. Temos escolas com propostas bilíngues, mas que ainda apresentam vários problemas para efetivação destes atendimentos. A formação dos profissionais na área e a falta destes profissionais é um ponto a se destacar.
Segundo Brito (1995), a estrutura da Libras é constituída de parâmetros primários e secundários: configuração de mão, ponto de articulação, movimento e disposição das mãos, orientação da palma das mãos, região de contato e expressões faciais.

Dactilologia (alfabeto manual)

A elaboração do Plano de AEE é primordial para especificar as possibilidades destas pessoas, assim como os objetivos esperados para conseguirmos avançar em sua aprendizagem.
Os recursos visuais são pontes de aprendizagem para as pessoas com surdez, são facilitadores de ensino e aprendizagem e podemos ressaltar que não só as pessoas com surdez são beneficiadas, mas todos que irão participar da aula.



Referências
Coletânea UFC-MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Fascículo 05: Educação Escolar de Pessoas com Surdez - Atendimento Educacional Especializado em Construção, p. 46-57.
DAMÁZIO, M. F. M.; FERREIRA, J. Educação Escolar de Pessoas com Surdez-Atendimento Educacional Especializado em Construção. Revista Inclusão: Brasília: MEC, V.5, 2010. p.46-57.
KOSLOWSKI, L. A Proposta bilíngüe de educação do surdo. Revista Espaço. Rio de Janeiro: INES, nº10, p.47-53, dezembro, 1998.


domingo, 8 de dezembro de 2013

Descrição de imagem: um processo inclusivo.

A descrição de imagens é a tradução em palavras, a construção de retrato verbal de pessoas, paisagens, objetos, cenas e ambientes, sem expressar julgamento ou opiniões pessoais a respeito.
Pode-se ressaltar que ao descrever uma imagem ou audiodescrever, estamos diante de um processo inclusivo, pois a descrição de imagem e a audiodescrição são atividades de mediação, que transforma o visual em verbal, abrindo possibilidades maiores de acesso à cultura e à informação, contribuindo para a inclusão cultural, social e escolar. Além das pessoas com deficiência visual, a descrição e/ou a audiodescrição amplia também o entendimento de pessoas com deficiência intelectual, idosos e disléxicos.


Uso da escrita ampliada em destaque da cor (contraste)
Descrição
A foto apresenta duas pessoas sentadas e a frente tem uma mesa na qual a pessoa da direita que é o guia-intéprete escreve para ela as informações, utilizando papel branco e caneta hidrográfica preta para escrita ampliada, favorecendo a leitura da pessoa com surdocegueira.

BRASIL. Nota Técnica, Nº. 21. Orientações para descrição de imagem na geração de material digital acessível – Mecdaisy. MEC/SECADI/DPEE, 2012. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&task=doc_download&gid=10538&Itemid=. Acesso em 01/11/2013.

MOTTA, Lívia Maria Villela de Mello; FILHO, Paulo Romeu (Org.). Audiodescrição: transformando imagens em palavras. São Paulo: Secretaria do Estado dos Direitos das Pessoas com Deficiência, 2010. Disponível na opção LIVROS do site: www.vercompalavras.com.br. Acesso em 01/11/2013).

sábado, 16 de novembro de 2013

7º Seminário de Educação e Leitura

O 7º Seminário de Educação e Leitura aconteceu durante os dias 11,12,13 e 14 de novembro/2013,no Praia Mar hotel- Natal/RN, foi ímpar. Tive a oportunidade de participar do minicurso com a Profª Rita Vieira e sua Doutoranda Camila, como também assistir a palestra do profº Alexandre Lopes que tão bem explicitou sua prática docente inclusiva.

domingo, 20 de outubro de 2013

O jogo e a aprendizagem

Considerando-se que a criança com deficiência intelectual apresenta dificuldades em assimilar conteúdos, faz-se necessário a utilização de material pedagógico concreto, e de estratégias metodológicas práticas para que esse aluno desenvolva suas habilidades cognitivas e para facilitar a construção do conhecimento. Os jogos e brincadeiras são estratégias metodológicas que apresentam as duas características acima citadas. Proporcionam a aprendizagem através de materiais concretos e de atividades práticas, onde a criança cria, reflete, analisa e interage com seus colegas e com o professor. Portanto, sugiro o boliche das letras, utilizo bastante na minha prática e as crianças aprendem bastante. BOLICHE DE LATAS Estimula: Motricidade, coordenação motora ampla, arremesso ao alvo, controle de força e direção. Possibilidades de exploração: • Empilhar as latas fazendo um castelo. • Jogar como boliche: cada jogador arremessa três bolas, tentando derrubar todas as latas. • Contar os pontos de acordo com os números escritos nas latas derrubadas. • Vence o jogo quem tiver feito mais pontos.

sábado, 7 de setembro de 2013

Plano Inclinado




Tecnologia Assistiva

Tecnologia Assistiva é um termo utilizado para identificar todo o arsenal de Recursos e Serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e consequentemente promover Vida Independente e Inclusão

Um recurso de Tecnologia Assistiva que podemos usar com os alunos que apresentam deficiência física com sequela em seus membros inferiores e superiores é o plano inclinado. Estes apresentam dificuldades em realizar suas atividades, pois muitas vezes a mobília não é adaptada e o recurso facilitará tanto na execução quanto na visualização destas atividades. 

O plano inclinado pode ser comprado de madeira ou confeccionado na própria escola.
 

               
 

                                                 Plano inclinado de madeira