Ao ler o texto “O modelo dos modelos” do autor Italo Calvino nos deparamos em situações de refletir sobre a homogeneidade dos seres, que nos faz pensar que quando se trata de pessoas não podemos ter modelos formados. O autor traz em sua escrita uma trajetória sobre esse modelo e conclui não ser possível estabelecer modelos prontos para a realidade e sim se adaptar a partir de parâmetros a uma realidade.
Quando relacionamos o texto ao AEE- Atendimento Educacional Especializado, pensamos nos seres como únicos e passíveis de modelos, visto que embora tenhamos pessoas com deficiências semelhantes, elas possuem particularidades, são dotadas de potencialidades, cada uma com seu ritmo. Ainda sobre esses seres únicos é possível ressaltar que o meio social e o trabalho desenvolvido será primordial para os possíveis avanços ou retrocessos.
Diante do exposto que grande responsabilidade e compromisso o profissional do AEE tem em meio à diversidade encontrada em seu trabalho diário e saber que não existem modelos e sim parâmetros que precisam ser pensados e planejados para que possamos traçar metas e assim ter sucesso em prol da inclusão, tanto social como escolar.
Sou Francinete Marcolino da Silva Lima, pedagoga, especialista em Educação Inclusiva e em Língua Portuguesa. Atualmente professora da sala de Recurso Multifuncional (SME- Natal/RN) e Tutora à distância da UFRN. Este blog é destinado a atividades desenvolvidas no curso AEE (UFC).
domingo, 27 de julho de 2014
domingo, 8 de junho de 2014
Calendário Interativo
O calendário é de suma importância para organizar a rotina semanal. Ele pode ser utilizado com pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista) para situar as atividades que realizarão durante a semana. Como se trata de uma rotina semanal e tem como objetivo interagir com o outro informando as atividades diárias, pode ser trabalhado com crianças entre 2 a 12 anos e ser adaptado com outras idades.
O calendário pode ser utilizado na sala regular e na sala multifuncional.
O professor confecciona um calendário utilizando cartolinas e velcro. Para as atividades pode ser feito ilustrações ou palavras para identificar a atividade realizada cada dia. A utilização do velcro é para que possa ser substituída a atividade da semana.
Calendário confeccionado com cartolina e velcro
O professor do AEE é um parceiro do professor da sala regular, pode realizar suas intervenções percebendo como a rotina está sendo vivenciada pela pessoa com TEA, assim como, também pode confeccionar um calendário e trabalhar no AEE na sala multifuncional.
Trabalhar com o calendário é uma atividade diária e super interessante para organizar o que será desenvolvido no dia.
O calendário pode ser utilizado na sala regular e na sala multifuncional.
O professor confecciona um calendário utilizando cartolinas e velcro. Para as atividades pode ser feito ilustrações ou palavras para identificar a atividade realizada cada dia. A utilização do velcro é para que possa ser substituída a atividade da semana.
Calendário confeccionado com cartolina e velcro
O professor do AEE é um parceiro do professor da sala regular, pode realizar suas intervenções percebendo como a rotina está sendo vivenciada pela pessoa com TEA, assim como, também pode confeccionar um calendário e trabalhar no AEE na sala multifuncional.
Trabalhar com o calendário é uma atividade diária e super interessante para organizar o que será desenvolvido no dia.
domingo, 20 de abril de 2014
Para saber... Surdocegueira e Deficiência Múltipla
No que se diferenciam a surdocegueira e a DMU?
Para McInnes (1999), a surdocegueira é uma deficiência única que requer uma abordagem específica. Ele também explica que muitos indivíduos com surdocegueira congênita ouque a adquiram precocemente têm deficiências associadas como: físicas e intelectuais. Estas quatro categorias podem ser agrupadas em Surdocegos Congênitos ou Surdocegos Adquiridos. E dependendo da idade em que a surdocegueira se estabeleceu pode-se classificá-la em Surdocegos Pré-lingüísticos ou Surdocegos Pós-lingüísticos. Enquanto a deficiência múltipla são aquelas pessoas que têm mais de uma deficiência associada.
Quais são as necessidades básicas deles?
Podemos considerar o corpo como essencial para o ser humano. Portanto para as pessoas com surdocegueira e as que têm deficiência múltipla a organização do esquema corporal é importante e necessário para interação com o outro e o meio. Apresentar recursos que favoreçam a aquisição da linguagem verbal e não verbal são importantes para trabalhar com esses indivíduos.
Quais estratégias que são utilizadas para aquisição de comunicação?
Conhecer o aluno é o primeiro passo, todo ser se comunica, agora existem tipos de comunicação. Os recursos visuais, com contrastes, com texturas, pranchas de comunicação, caixa de antecipação são alguns meios e estratégias para se comunicar com as pessoas com surdocegueira e/ou com deficiência múltipla.
Dica de filme: O milagre de Anne Sulivan. Assistir ao filme nos faz repensar e acreditar na inclusão.
BOSCO, Ismênia C. M. G.; MESQUITA, Sandra R. S. H.; MAIA, Shirley R. Coletânea UFC-MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar - Fascículo 05: Surdocegueira e Deficiência Múltipla (2010).
quarta-feira, 26 de março de 2014
Pessoa com Surdez
A educação para pessoas surdas tem uma trajetória histórica de estudos e conquistas. Traz uma trajetória de romper as concepções equivocadas de inclusão e a compreensão da inclusão pautada numa concepção bilíngue.
Há três concepções sobre as pessoas com surdez: oralismo, comunicação total e bilinguismo. O oralismo a pessoa usa a língua das pessoas ouvintes, ou seja, se comunica na modalidade oral; a comunicação total, não valorizou a língua de sinais e aceita a comunicação em sua variável, seja gestos, escritos e o bilinguismo visa capacitar a pessoa com surdez para o uso da língua de sinais e da língua da comunidade ouvinte.
O Atendimento Especializado para o aluno com surdez precisa partir do princípio que este aluno tem condições favoráveis à aprendizagem e que o atendimento irá complementar o trabalho desenvolvido na sala regular e no âmbito social. Muitos são os estigmas que revelam que esses alunos não avançam, no entanto, sabemos baseados em nossos estudos e práticas, que eles conseguem aprender e são capazes de viver socialmente e interagir com os demais. O AEE pode acontecer na sala de recurso multifuncional, é o espaço na escola regular que atende o aluno no horário contrário ao da sua escolaridade, o professor do AEE cria momentos de aprendizagem para os alunos públicos alvo para esta sala, incluindo assim os alunos com surdez.
As adaptações curriculares são necessárias para os avanços e desenvolvimentos das pessoas com surdez. Vários recursos podem ser utilizados como: jogos da memória em Libras, construção de palavras, alfabeto móvel, atividades no computador, entre outros. O professor do AEE tem como parceiros para este trabalho a família, o professor da sala regular, professor em Língua Portuguesa, o intérprete e outros profissionais que julgarem necessário..
As escolas ainda enfrentam dificuldades para trabalhar o AEE para o ensino em Libras, de Libras e da Língua Portuguesa. Temos escolas com propostas bilíngues, mas que ainda apresentam vários problemas para efetivação destes atendimentos. A formação dos profissionais na área e a falta destes profissionais é um ponto a se destacar.
Segundo Brito (1995), a estrutura da Libras é constituída de parâmetros primários e secundários: configuração de mão, ponto de articulação, movimento e disposição das mãos, orientação da palma das mãos, região de contato e expressões faciais.
Dactilologia (alfabeto manual)
A elaboração do Plano de AEE é primordial para especificar as possibilidades destas pessoas, assim como os objetivos esperados para conseguirmos avançar em sua aprendizagem.
Os recursos visuais são pontes de aprendizagem para as pessoas com surdez, são facilitadores de ensino e aprendizagem e podemos ressaltar que não só as pessoas com surdez são beneficiadas, mas todos que irão participar da aula.
Referências
Coletânea UFC-MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Fascículo 05: Educação Escolar de Pessoas com Surdez - Atendimento Educacional Especializado em Construção, p. 46-57.
DAMÁZIO, M. F. M.; FERREIRA, J. Educação Escolar de Pessoas com Surdez-Atendimento Educacional Especializado em Construção. Revista Inclusão: Brasília: MEC, V.5, 2010. p.46-57.
KOSLOWSKI, L. A Proposta bilíngüe de educação do surdo. Revista Espaço. Rio de Janeiro: INES, nº10, p.47-53, dezembro, 1998.
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