quarta-feira, 26 de março de 2014

Pessoa com Surdez



A educação para pessoas surdas tem uma trajetória histórica de estudos e conquistas. Traz uma trajetória de romper as concepções equivocadas de inclusão e a compreensão da inclusão pautada numa concepção bilíngue.
Há três concepções sobre as pessoas com surdez: oralismo, comunicação total e bilinguismo. O oralismo a pessoa usa a língua das pessoas ouvintes, ou seja, se comunica na modalidade oral; a comunicação total, não valorizou a língua de sinais e aceita a comunicação em sua variável, seja gestos, escritos e o bilinguismo visa capacitar a pessoa com surdez para o uso da língua de sinais e da língua da comunidade ouvinte.
O Atendimento Especializado para o aluno com surdez precisa partir do princípio que este aluno tem condições favoráveis à aprendizagem e que o atendimento irá complementar o trabalho desenvolvido na sala regular e no âmbito social. Muitos são os estigmas que revelam que esses alunos não avançam, no entanto, sabemos baseados em nossos estudos e práticas, que eles conseguem aprender e são capazes de viver socialmente e interagir com os demais. O AEE pode acontecer na sala de recurso multifuncional, é o espaço na escola regular que atende o aluno no horário contrário ao da sua escolaridade, o professor do AEE cria momentos de aprendizagem para os alunos públicos alvo para esta sala, incluindo assim os alunos com surdez.
As adaptações curriculares são necessárias para os avanços e desenvolvimentos das pessoas com surdez. Vários recursos podem ser utilizados como: jogos da memória em Libras, construção de palavras, alfabeto móvel, atividades no computador, entre outros. O professor do AEE tem como parceiros para este trabalho a família, o professor da sala regular, professor em Língua Portuguesa, o intérprete e outros profissionais que julgarem necessário..
As escolas ainda enfrentam dificuldades para trabalhar o AEE para o ensino em Libras, de Libras e da Língua Portuguesa. Temos escolas com propostas bilíngues, mas que ainda apresentam vários problemas para efetivação destes atendimentos. A formação dos profissionais na área e a falta destes profissionais é um ponto a se destacar.
Segundo Brito (1995), a estrutura da Libras é constituída de parâmetros primários e secundários: configuração de mão, ponto de articulação, movimento e disposição das mãos, orientação da palma das mãos, região de contato e expressões faciais.

Dactilologia (alfabeto manual)

A elaboração do Plano de AEE é primordial para especificar as possibilidades destas pessoas, assim como os objetivos esperados para conseguirmos avançar em sua aprendizagem.
Os recursos visuais são pontes de aprendizagem para as pessoas com surdez, são facilitadores de ensino e aprendizagem e podemos ressaltar que não só as pessoas com surdez são beneficiadas, mas todos que irão participar da aula.



Referências
Coletânea UFC-MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. Fascículo 05: Educação Escolar de Pessoas com Surdez - Atendimento Educacional Especializado em Construção, p. 46-57.
DAMÁZIO, M. F. M.; FERREIRA, J. Educação Escolar de Pessoas com Surdez-Atendimento Educacional Especializado em Construção. Revista Inclusão: Brasília: MEC, V.5, 2010. p.46-57.
KOSLOWSKI, L. A Proposta bilíngüe de educação do surdo. Revista Espaço. Rio de Janeiro: INES, nº10, p.47-53, dezembro, 1998.


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